O livro “Minhas duas meninas”, em que a jornalista Teté Ribeiro conta a história do processo de barriga de aluguel, na Índia, que resultou em suas duas filhas, teve seus direitos para cinema comprados por Rodrigo Teixeira. Ele é o produtor de “Frances Ha”, “A bruxa”, “O cheiro do ralo”, entre outros filmes.
'Minhas duas meninas': Livro de Teté Ribeiro vai virar filme
Hugo França, dos bancos de madeira de Inhotim, faz exposição no Rio
Desde 1999 sem expor no Rio, o designer gaúcho Hugo França inaugurou a mostra “Orgânico design” na MeMo Brasil Galeria, em Ipanema, anteontem. Hugo é o criador dos maravilhosos bancos de madeira espalhados pelos jardins de Inhotim, em Minas — nas mãos dele, a motosserra, símbolo de destruição das florestas, vira uma poderosa arma de preservação.
“Esses móveis não são só para sentar e deitar, eles falam para a alma, têm um espírito vivendo dentro deles ”, dizia o artista plástico Carlos Vergara, sobre as sete esculturas mobiliárias (como Hugo define seu trabalho) expostas ali, todas feitas com resíduos florestais. Ele só usa madeira de árvores que já estão condenadas pela natureza ou pela ação do homem. Em especial, do pequi-vinagreiro, árvore praticamente extinta e com a qual Hugo produz 90% de sua obra.
Chicô Gouvêa é outro fã do designer. “Assim como o Krajcberg, o Hugo resgata e utiliza o material da nossa terra”.
Saia justa: Políticos tentam tirar casquinha de tocha olímpica
A condução da tocha olímpica pelo país tem passado por algumas saias justas, graças ao assédio de políticos locais que tentam tirar uma casquinha posando para fotos com o símbolo olímpico. Um dos casos envolveu o prefeito de uma cidade de Goiás, que tentou invadir o comboio. Ele foi advertido e barrado pela Força Nacional.
Aliás e a propósito
A tocha também desperta a cobiça de algumas marcas. A rede americana Subway, por exemplo, colocou um cidadão vestido de sanduíche estrategicamente posicionado no meio do caminho. A empresa deve ser notificada pela Rio 2016 por marketing de emboscada.
Felipe Bronze convida ex-participantes do 'The taste Brasil' para trabalhar em seu restaurante
Bicampeão do “The taste Brasil”, Felipe Bronze convidou dois ex-participantes do programa para trabalhar em seu restaurante, o Oro. Henrique Rossanelli, que foi do time de André Mifano, virou chef confeiteiro, e Henrique Ide passou a trabalhar na cozinha, ao lado de Bronze. “São dois talentos indiscutíveis”, diz.
Derrota de Vitor Belfort é acompanhada pelos filhos do lutador
A derrota de Vitor Belfort para Ronaldo Jacaré no UFC do último fim de semana foi especialmente dolorosa para o lutador carioca de MMA. Confiante, Vitor tinha autorizado seus três filhos a assistir a uma luta sua pela primeira vez. As crianças acabaram vendo o pai ser massacrado no primeiro round. As imagens na TV foram muito fortes.
Anotaram a placa?
E dona Célia, mãe de Fabricio Werdum— o brasileiro que era a principal atração daquela noite —, assistiu a uma luta do filho, ao vivo e bem de pertinho, pela primeira vez nos 18 anos de carreira dele. A experiência também foi traumática: Werdum foi nocauteado pelo americano de origem croata Stipe Miocic no primeiro round e chegou a perder os sentidos ao levar um soco violentíssimo no contragolpe.
Fim do Ministério da Cultura: E agora?
O fim do MinC trouxe um problema prático para os espetáculos patrocinados via Lei Rouanet. É que as produções não estão sabendo como colocar o crédito no programa — caso da peça “Entregue seu coração no recuo da bateria”, de Pedro Monteiro, que tinha “Ministério da Cultura apresenta...” estampado no material de divulgação. “Não sei o que fazer. Ligo, ligo, e ninguém atende o telefone no Ministério”, diz Pedro.
Rogê monta espetáculo engajado: 'Dançar é importante, mas ter um papo bacana também'
Há 20 anos Rogê faz todo mundo dançar, mas a vontade do músico agora é botar a plateia para pensar. “Dançar é importante, mas ter um papo bacana também”, diz ele, que montou repertório com letras, digamos, mais engajadas, para o show voz e violão que faz no Rival dia 26. “Quero mostrar mais conteúdo nesse momento estranho”. “Mais um, mais uma”, parceria com Arlindo Cruz, resume bem o que ele está falando, olha só: “É mais um dia de batalha no Brasil/ Mais um político roubou/ Mais uma vez alguém não viu.../ A gente merece um Brasil bem melhor”.
Muti Randolph: o homem por trás de muita coisa bacana na cidade
O designer Muti Randolph é quem está dando cara à filial carioca do D-Edge, clube paulistano que vai abrir num galpão de cinco andares da Rodrigues Alves, no Cais do Porto. Lá também funcionará galeria de arte, bar, restaurante e um estúdio de gravação.
“A ideia é preservar um pouco a estética, o ar abandonado do lugar, mas com uma tecnologia absurda de som e de luz dentro do clube”, diz. O espaço está previsto para ser inaugurado em julho para aproveitar o público das Olimpíadas.
Muti também é o responsável pela megaloja que a Melissa inaugura em agosto na Broadway, em Nova York, além de ser o cara por trás de parte das projeções visuais da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos.
Projeção, aliás, é com ele mesmo. E hoje ele dá uma mostra do que é capaz durante o concerto visual “Sinestesia”, que faz ao lado da mãe, a pianista Clara Sverner, na Sala Cecilia Meireles. Enquanto ela toca, Muti projeta ao vivo e em 3D imagens geradas em tempo real pelos movimentos das mãos de Clara sobre as teclas.
Google e AfroReggae mapeiam comunidades próximas de Parque Olímpico
AfroReggae, Google e a agência de publicidade americana J. Walter Thompson vão mapear o comércio, as ruas e os pontos de interesse das favelas Rio das Pedras, Terreirão, Gardênia, Batan, ProMorar, Fumacê, Muquiço e Cesar Maia. Em três meses o trabalho estará acessível através das plataformas de buscas. As comunidades foram escolhidas pela proximidade com os Parques Olímpicos da Barra e de Deodoro, que receberão os jogos da Rio 2016.
Aliás e a propósito
A ideia principal, além de aproveitar a presença dos turistas nas Olimpíadas, é aquecer o comércio dentro das próprias comunidades. Exemplo: muitos moradores não sabem o horário de funcionamento daquela pizzaria que tem na favela, nem o telefone, se entregam em casa etc. A busca no Google pode facilitar essa tarefa e dar um impulso na economia interna também.
Catherine Deneuve, Alicia Vikander e Jaden Smith vêm ao Rio na próxima semana
Catherine Deneuve e Alicia Vikander, a atriz sueca que levou um Oscar este ano por sua interpretação em “A garota dinamarquesa”, desembarcam no Rio na sexta-feira que vem. Elas são algumas das celebridades internacionais convidadas para o desfile da Louis Vuitton, no Museu de Arte Contemporânea, em Niterói. É um “desfile internacional” da grife francesa, por isso, brasileiros serão minoria na plateia: dos 400 convidados, 300 vêm do exterior.
E tem mais
Quem também chega à cidade é Jaden Smith, o filho do ator Will Smith e legítimo representante da categoria dos gender fluid— pessoas que não se encaixam num único gênero. Jaden costuma usar saias e vestidos e foi uma das estrelas da recente campanha de verão da coleção feminina da Louis Vuitton.
Resort recebe pedido para vetar bebidas alcoólicas no quarto de atletas russos durante os jogos
Chegaram agora ao resort Portobello, em Mangaratiba, as recomendações das delegações da Austrália (ciclismo e rugby), Rússia (esgrima), Inglaterra (vela) e Holanda (hockey), que se hospedarão por lá antes e durante os Jogos. Entre presumíveis pedidos de alimentos saudáveis e orgânicos, chama atenção a exigência da delegação russa: no minibar dos atletas, bebidas alcoólicas estão proibidas. É só água mineral e olhe lá.
Consultora do filme 'Vidas partidas', psicanalista fala sobre a violência doméstica
Perita em processos de varas de família, a psicanalista Annette Blum deu consultoria para “Vidas partidas”, filme de Marcos Schechtman que trata da violência conjugal contra a mulher. O assunto será discutido hoje no projeto “Psicanálise & Cinema”, na Sociedade de Psicanálise do Rio. Annette conversou com Fernanda Pontes.
O filme é inspirado nas estatísticas de crimes praticados contra a mulher no Brasil. Elas hoje denunciam mais este tipo de crime?
Sim. Com a Lei Maria da Penha, as mulheres estão perdendo o medo de denunciar. Mas muitas ainda sentem vergonha, e outras não denunciam porque têm a esperança de que o agressor não fará aquilo de novo.
E isso costuma acontecer?
A agressão física pode não acontecer novamente, mas existe a tortura mental, que é uma forma de violência. Cada caso é um caso, mas sabemos que a pessoa que bate e a que apanha não estão bem psiquicamente.
A senhora acha que este seria o caso do secretário Pedro Paulo?
Prefiro não comentar o assunto.
Como perita em processos nas varas de família, a senhora saberia traçar um perfil da pessoa agredida?
Não. As histórias são surpreendentes e não há espaço para clichês. A violência costuma ser praticada contra as mulheres, contra os filhos e até contra os pais. É um tema muito complexo.
Raridade entre os famosos: Anitta foi à boate e... pagou pelo ingresso
A cantora Anitta foi anteontem a uma festa no Fosfobox e — coisa rara entre os famosos — fez questão de pagar o seu ingresso e os de toda a sua entourage. Em tempos de celebridades que fazem permuta até em seu próprio chá de fralda, chega a ser um fenômeno.
Arnaldo Antunes recebe Marisa Monte e 'Dadivoso' em noite de poesia visual, no Rio
Arnaldo Antunes abriu pontualmente às 19h, horário marcado no convite, a sua exposição “Palavra em movimento”, anteontem, no Centro Cultural Correios.
Pouco antes, ele tinha dado canja no palco da ocupação do Palácio Capanema contra o fim do MinC, onde cantou “Comida” e “Põe fé”. “Foi emocionante, incrível”, contou. Marisa Monte chegou à mostra com o baixista Dadi Carvalho.
Arnaldo correu escondido até eles e deu um sustinho em Marisa. “Olá”, disse ele, com aquele vozeirão grave. Em seguida, cumprimentou Dadi. “Oi, ‘Dadivoso’, tudo bem?”.
A exposição reúne a poesia visual de Arnaldo em caligrafias, colagens, instalações, cartazes, áudios e vídeos realizados pelo artista nos últimos 30 anos. Em alguns deles, havia avisos: “É permitido tocar”, “Favor girar”. O público atendeu. (Com Marcos Ramos)
Sede das Cias, na Lapa, pode fechar: Petrobras não renova patrocínio
Má notícia para a cultura carioca: a Sede das Cias, espaço na Lapa que é referência no teatro de pequisa e experimentação de linguagens, pode estar em seus últimos dias. A Petrobras, que banca o lugar há três anos, não renovou o patrocínio e o contrato acaba em 30 de junho. A casa é sede de três importantes grupos teatrais da cidade: Cia. dos Atores, Os Dezequilibrados e Pangeia.
Aliás e a propósito
“É muito triste a gente ver indo embora tudo o que construímos”, diz o produtor Tárik Puggina, gestor do espaço, que tem curadoria de Ivan Sugahara. Nos últimos três anos, a Sede das Cias teve 687 apresentações de 79 espetáculos diferentes, e o valor estimado para a sua manutenção anual é de R$ 500 mil. Tudo indica que a despedida será com a peça “Meu caro amigo”, dia 27 de junho.
Gustavo Kuerten recusa convite para carregar a tocha: conflito de interesses
Selecionado para ser um dos condutores da tocha olímpica em Florianópolis, o tenista Gustavo Kuerten até que ficou bem animado, mas teve de recusar o convite. É que ele é garoto-propaganda do Itaú e da Peugeot — e os principais patrocinadores do evento olímpico são, além da Coca-Cola, a Nissan e o Bradesco.
Crise? Rio vai ganhar restaurante especializado em trufas italianas
Tartuferia San Paolo, restaurante paulistano especializado em pratos que levam em sua receita as caríssimas trufas italianas, vai abrir uma filial no Rio. Prepare a carteira: é coisa de R$ 90 por uma polenta com gostinho do tubérculo.
Ator de 'Aquarius' fala sobre o filme em Cannes: 'É perfeito para esse momento político do país'
Ator de “Aquarius”, filme de Kleber Mendonça Filho que virou notícia também pelo protesto do elenco contra o impeachment, em Cannes, Humberto Carrão falou à coluna direto da França, ainda sob o impacto da repercussão. “O filme é perfeito para esse momento por causa dos acontecimentos políticos do Brasil. A retirada da Clara (Sonia Braga) do prédio lembra a tentativa de tirar a presidenta do poder”, diz, sobre a questão central do longa, que ganhou elogios rasgados depois da sessão. “Recebemos vários xingamentos pela internet, mas tudo certo”.
Joel Birman: 'A psicanálise precisa rever sua concepção sobre gêneros'
O mundo mudou — e, segundo Joel Birman, a psicanálise tem que correr atrás para lidar com questões como a condição de gênero. “Os movimentos feminista, homossexual e transexual subverteram os códigos”, diz Birman. “Se historicamente a psicanálise contribuiu para a retirada dos homossexuais da categoria de doença, agora ela terá que rever a sua concepção sobre os gêneros para se confrontar com essa problemática na contemporaneidade, onde a multiplicidade se impõe”, afirma ele, que fala sobre o assunto, hoje, no Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos.
Michel Melamed prepara nova peça: 'É sobre desafiar fronteiras', diz
Depois de tomar choques em “Regurgitofagia” e jogar notas para o público em “Dinheiro grátis”, Michel Melamed agora prepara nova peça, “Monólogo público”. “É sobre desafiar fronteiras: dentro e fora, público e privado, ator e personagem”, conta. A estreia está prevista para o segundo semestre e, enquanto isso, Michel também se dedica à nova temporada de “Bipolar Show”.
Além de apresentar, ele assina a criação e direção do programa, que mistura performance, teatro, improviso e conversas com gente de várias áreas da cultura brasileira. “É uma relação de confiança, de cena, como o improviso na música. É uma grande e séria brincadeira”. Com Juliano Cazarré, por exemplo, ele recria “O corpo é a obra”, de Antonio Manuel, na qual ficam pelados na frente das câmeras e de uma plateia de 60 pessoas. “‘Bipolar Show’ é esse encontro entre artistas, atores, e o desejo de liberdade, de tentar inventar um programa, um sentido”, diz ele, sobre o projeto que estreia no próximo dia 31, no Canal Brasil.
“Acho que a graça é apresentar ao público coisas que provocam várias interpretações.” Michel também está no filme “A frente fria que a chuva traz”, de Neville D’Almeida, em que vive um cantor sertanejo no topo das paradas.