O formato “Stories” do Instagram completa agora um ano, e num levantamento feito pela empresa, a cantora Anitta aparece em primeiro lugar entre os produtores de histórias no mundo — só entram aí as contas com mais de 10 milhões de seguidores. Na lista dos 10 mais, há outros quatro brasileiros: Lucas Lucco (em 4°), Claudia Leitte (5°), Ivete Sangalo (6°) e Wesley Safadão (9°).
Hora de tomar um cafezinho na lanchonete da Universidade Estácio de Sá, e... surpresa! Ontem, no Campus Tom Jobim, o quadro negro com o menu tinha como adorno a frase grosseira “Mulheres não são chatas o dia todo... Tem horas que elas dormem”. Aluno de Psicologia, Bernardo Falcone se queixou a uma funcionária: “Inacreditável que em 2017 a gente veja coisas assim”, disse. “O pior é que não tem nem graça, é só machista mesmo”. No início da tarde, a frase foi retirada.
Uma das juradas de “Pop Star”, Fafá de Belém cantava de improviso “Nuvem de lágrimas", domingo, no “esquenta” dos músicos, antes do início do programa, quando tropeçou na escada... e levou um estabaco daqueles. “Oh!”, berrou parte da plateia. De uma queda foi-se ao chão, mas a cantora tirou de letra. “Ah, gente... eu já caí cantando o Hino Nacional...”, brincou ela, nos bastidores, já recomposta e dando aquela gargalhada que a gente conhece.
Na apresentação da próxima novela das 18h, “Tempo de amar”, anteontem, no Real Gabinete Português de Leitura, Tony Ramos dizia achar que o amor é sempre um bom tema. “O mundo evolui, vêm as novas tecnologias, mas o amor não muda”, disse. “Eu não tenho Instagram, Twitter, ‘turique’, sei lá como se fala isso. A TV Globo não tem meu celular, ninguém tem, ele não está nem no meu nome pra não ter como descobrirem. Só amigos próximos sabem. Eu gosto de meu tempo para amar, cuidar dos meus cachorros”.
O encontro servia, sobretudo, para apresentar os protagonistas da trama, Vitória Strada e Bruno Cabrerizo. “Foi um susto receber uma ligação do Jayme Monjardim dizendo: ‘Você vai ser a protagonista e seu pai será o Tony Ramos’”, contou Vitória, escolhida por meio de teste. “Um dia, um cara que se dizia produtor de elenco pedindo meu celular pelo Facebook”, lembrou Bruno. “Achei que era brincadeira e não dei... Agora, queria agradecer a quem me indicou”.
Ricardo Amaral vai apresentar proposta à UFRJ para reabrir e administrar o Canecão. Ele esteve reunido dias atrás com o prefeito e o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que já demonstrou interesse na reabertura do espaço.
Glenn Greenwald, jornalista escolhido por Edward Snowden para revelar ao mundo a espionagem do governo americano, acaba de receber o certificado de habilitação para adoção de duas crianças (irmãos ou irmãs). Glenn é casado há mais de dez anos com o vereador David Miranda, e eles se mudaram para uma casa maior, com mais dois quartos e espaço para os 24 cachorros que adotaram. “É um sonho de muito tempo”, diz David, que nasceu no Jacarezinho.
Alexandre Aquino, ex-Maria Bonita e ex-Maria Bonita Extra, assumiu a direção de estilo da Leader — agora é só Leader mesmo, sem o Magazine. Sua missão: disputar o mercado com outras gigantes do fast fashion, como Renner e Forever 21.
Pessoas ligadas à cultura e ao teatro carioca receberam, dias atrás, um áudio do ator e atual coordenador de promoção sócio-cultural da prefeitura, Mário Gomes, que causou certa surpresa. Mário convidava para “um encontro na casa do Hélio Vianna” (ex-sócio de Pelé) e dizia que a reunião seria para “discutir e se credenciar para ocupar um dos equipamentos culturais da prefeitura”. Mário contava que seriam disponibilizados “graciosamente (sic), sem custo algum, teatros, lonas culturais, museus, o João Caetano, Cidade das Artes com 1.200 lugares...”
O outro lado
Procurado pela coluna, Mário Gomes confirma que é mesmo a sua voz no áudio enviado por WhatsApp. “Era apenas um encontro informal para discutir ideias e projetos para a ocupação dos espaços culturais”, afirma.
Depois da licença-maternidade de oito meses da filha Marina, a atriz Carol Machado tem ensaiado todos os dias no Teatro Glaucio Gill, onde vai estrear amanhã, a peça “Passional”. “O ensaio exaustivo é fundamental para a qualidade da montagem, e eu estou naquele momento tranquilo de trabalhar, pós-licença... É bom poder voltar a fazer o que eu amo e com um amigo”, diz ela, referindo-se ao produtor e ator Rafael Sardão. O espetáculo conta a história de Marcos (Rafael), um escritor mergulhado numa crise criativa, que vive um triângulo amoroso com Beth (Karen Mota) e Lívia (Carol Machado). “Apesar de falar sobre paixão doentia, é sempre bom levar algum tipo de amor para os palcos. Sem isso, o ser humano fica chato, esquisito, despreparado, reativo e raso”.
Sensação no circuito teatral de Nova York, a premiada autora americana Annie Baker, 35 anos e já com um Pulitzer no currículo, vai ter uma versão brasileira de sua peça “Círculo da transformação em espelho” dirigida por Cesar Augusto. O projeto é do jornalista Rafael Teixeira, que comprou os direitos da obra e assina a tradução. A estreia está confirmada para o dia 5 de outubro, no Sesc Copacabana.
Faltou lugar na Câmara Municipal, anteontem, onde a professora e escritora Conceição Evaristo, ovacionada recentemente na Flip ao falar sobre racismo e feminismo, recebeu a Medalha Pedro Ernesto. “Recebo essa homenagem pensando mais nos meus anos como professora de escola pública do que pela literatura”, disse ela, 3° lugar do Jabuti 2017, na categoria Contos e Crônicas, pelo livro “Olhos d’água”. “Teria falsa modéstia se não dissesse que isso me alegra, envaidece e orgulha. Mas contemplar a minha literatura é dar acolhimento e significado à voz dos negros. Não foi o Jabuti nem a Flip que me fizeram”. Ruth de Souza prestigiava a amiga e foi surpreendida por um público que a aplaudiu de pé e a emocionou. “Não vou conseguir falar direito. Trabalhei muito durante os meus 70 anos de carreira e não foi fácil. Mas é recompensador poder dar essa alegria aos negros. Deus foi generoso comigo”, afirmou.
Uma Copacabana caleidoscópica é o cenário do novo clipe de nana (ela assina assim mesmo, em minúsculas), cantora baiana de 26 anos, que se inspirou em marchinhas e nas canções de Tom Jobim para compor a faixa que leva o nome do bairro carioca. A música fala sobre um amor que não deu certo — mas vida que segue. O visual fragmentado do vídeo, que tem a participação do ator Thales Cavalcanti, reflete o tempo e os trânsitos das relações contemporâneas. “É um retrato da desatenção dos nossos tempos, uma coisa meio ‘instagrâmica’. Está todo mundo conectado, mas com a cabeça no que ainda vai acontecer”, diz nana.
Inaugurado há menos de um ano, o Espaço Cultural Luciano Huck, do AfroReggae, no Caju, fecha as portas hoje. A ONG, com oficinas de percussão, violão e grafite, atendia a mais de 150 crianças, e tinha três patrocinadores: Prefeitura do Rio, Odebrecht e Santander. Nenhum deles renovou contrato. “É realmente uma crise sem precedentes”, diz José Júnior, fundador do Afroreggae.
Ivete Sangalo e Claudia Leitte lançam hoje novas músicas nas plataformas digitais — “À vontade”, no caso de Ivete, e “Baldin de gelo”, de Claudia. Para tentar evitar o confronto direto, executivos da gravadora de Claudia tentaram antecipar ou postegar um pouco o lançamento de seu trabalho, mas a loura bateu o pé e não cedeu.
Os guardas municipais do Grupamento Especial de Praia, responsáveis pelo patrulhamento da orla do Leme ao Pontal, vão mudar de uniforme a partir de amanhã — e, sim, ele incluiu esse chapéu australiano. A proposta é dar mais visibilidade aos guardas que atuam na areia, facilitando sua localização por banhistas. No lugar do antigo modelo, bege e branco, eles agora vestirão camiseta azul clara e bermuda preta.
Ninguém imaginava que Isis Valderde seria uma das primeiras a chegar ao ponto de encontro da equipe do filme “Malasartes”, anteontem, na pré-estreia para convidados, na Lagoa. Afinal, vida de protagonista de novela das 21h não é fácil. “Cheguei nove da manhã para gravar e, como tinha avisado antes, o diretor colocou todas as minhas cenas em sequência”, disse a atriz, justificando a pontualidade.
No filme, sobre as aventuras do personagem lendário do folclore ibero-americano Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa), Isis vive a namorada do rapaz, Áurea, papel que ela considera uma homenagem à própria mãe.
“Quando me falaram Pedro Malasartes, eu disse: ‘Peraí, é aquele conto que a minha mãe lia para mim sempre?’”, lembrou. “Aí, terminei ‘Boogie oogie’, fiquei seis meses em Nova York e voltei para fazer ‘Amor.com’ e ‘Wilson Simonal’, que ainda vai ser lançado. Daqui a pouco, vou dar uma parada, antes que o público não queira mais olhar na minha cara, hahahaha”.
Para o diretor Paulo Morelli, o filme foi um sonho que demorou 31 anos para se realizar. “Comecei escrevendo uma série de TV, depois, na década de 90, ele quase saiu, mas faltou grana”, contou. Paulo diz que o dinheiro para tirá-lo do papel veio na hora certa. “Finalmente, está saindo agora, num momento em que estamos evoluídos tecnologicamente e capacitados para as cenas de computação gráfica, que representam mais de 50% do longa”.
Acostumado a interpretar personagens viris e muitas vezes perversos, Milhem Cortaz também estava feliz. “Será a primeira vez que a Helena, minha filha de 9 anos, vai poder ver algo que eu fiz”, disse. “Curti fazer essa coisa lúdica”.
Vera Holtz contava que quando foi convidada para longa, estava num momento em que queria ficar quieta, mas workaholic que é.... “Tinha pedido um ano sabático e estava aguardando ‘A lei do amor’. Aí, o Paulinho (Morelli, diretor) me convidou e, além de ‘Malasartes’, fiz três filmes”, disse. Vera também é bem presente no Instagram (ela tem mais de um milhão de seguidores), e faz o maior sucesso com suas fotos às vezes conceituais, às vezes engraçadas.
“Eu que produzo tudo e quem tira a foto é o meu arquiteto, o Renato Santoro”, conta. As legendas — uma delas é “Evangelho da Diversidade”, numa foto em que Vera aparece com uma burca com as cores do arco-íris — são escritos pelo jornalista e cineasta Evaldo Mocarzel. “Um amigo meu publica, porque eu não gosto de dar ‘enter’”.
Uma sessão de uma hora nos bons psicanalistas da cidade chegou à casa dos traumatizantes 650 reais. Fazer a mão — só a mão, serviço de manicure simples — está custando R$ 41 no salão Werner do Leblon. Na filial do Arpoador, o mesmo serviço sai por R$ 26. “É que no Leblon as coisas são mais caras mesmo, querida”, informa a atendente, ao telefone.
Promessa de campanha de Pezão, a restauração da fachada da Catedral Metropolitana não aconteceu — o projeto até conseguiu isenção fiscal via ISS, mas não houve interessados. O jeito é tentar novamente, e a empresa Engenharia Cultural foi autorizada pela Secretaria municipal de Cultura a captar R$ 927 mil para dar um tapa nos vitrais da igreja. Aguardemos
Gilberto Gil está compondo uma música, em parceria com o filho Bem e com o baixista Alberto Continentino, para o disco que Roberta Sá está gravando só com músicas do baiano. Bem, aliás, é o diretor musical do projeto. “Ele tem uma filosofia de trabalho parecida com a minha”, diz Roberta. “Ele se preocupa com a música e com a relação que se constrói através dela. Acho que esse é um traço da família, que escolheu viver da arte e do afeto”.
Já virou tradição no calendário da cidade: a festa de lançamento do Guia Rio Show de Gastronomia foi mais uma vez o ponto de encontro de chefs, restaurateurs, donos de botequim, críticos, gourmets, e do vasto universo que faz a roda da gastronomia carioca girar. A festança foi anteontem, nos Armazéns 3 e 4 do Píer Mauá. Ali, em qualquer rodinha de bate-papo, o assunto era quase sempre o mesmo: comida, claro.
Kátia Barbosa, do Kalango e Aconchego Carioca, por exemplo, falava, com aquele jeito engraçado, sobre a “nordestinização” que ela promove em alguns pratos de seus restaurantes. É o caso do “Pain perdu cearense” — uma rabanada de broa de milho com doce de leite e flor de sal. “Tá meio aviadado esse prato, eu sei”, brincou ela. “E ainda vem tudo servido numa caminha de creme de tapioca, olha que coisa mais viada, hahaha!”. A sobremesa, ela conta, não foi bem compreendida por um chef estrelado. “Ele provou o creme de tapioca e disse assim pra mim: ‘Acho que o creme anglaise empelotou”. Só matando, né?”.
Ali perto, Andrea Natal, diretora-geral do Copacabana Palace, contava que a Pérgula, atualmente em obras, reabre em outubro com parte da cozinha aberta para o salão e muitas novidades no cardápio, agora com uma pegada mediterrânea. O Picadinho Copacabana, no entanto, continua no menu. “Nem é o prato que mais sai, mas os clientes têm uma ligação afetiva com ele”, dizia ela.
Desta vez, você sabe, ao contrário dos anos anteriores, não houve premiados em categorias distintas, e sim 200 restaurantes escolhidos por experts, elencados num guia em que somente oito deles (Lasai, Fasano Al Mare, Oro, Naga, Mee, Shiso, Nosso e Gero) conseguiram a pontuação máxima dos cinco garfinhos — o que equivaleria às três estrelas do Michelin.
“É um reconhecimento de tudo o que pensamos e da filosofia implantada”, disse Kazuo Harada, do Mee. Ele apontou um dos motivos do sucesso que o levou a ganhar os cinco garfinhos e uma estrela Michelin. “Enquanto os outros restaurantes focam no salmão, a gente usa o peixe branco, azul. Além dos produtos secos, que vêm da Ásia, e da parceria com pequenos produtores daqui”.
David Bispo, do Bar do David, no Chapéu Mangueira, no Leme — botequim que conquistou o bicampeonato do concurso Comida di Buteco carioca e ficou em segundo lugar na edição nacional deste ano —, também aposta nos pequenos produtores, tanto é que seus mexilhões vêm das Ilhas Cagarras, e não de fazendas marinhas, como a gente vê muito por aí. “É bem melhor assim, não tem nem comparação”, diz. (Cleo Guimães e Adalberto Neto)