![Fábio Assunção]()
Acabou. O Rock in Rio versão 2017 que terminou ontem teve um segundo final de semana que começou meio borocoxô (como a cidade inteira) por causa da guerra na Rocinha e do momento estranho pelo qual passa o Rio como um todo, foi melhorando o astral com o passar dos dias e vai ser lembrado como o festival em que tudo era maior — da área vip ao show do Guns N’ Roses, de impressionantes quase quatro horas de duração.
![Paolla Oliveira]()
Teve muito artista se manifestando também (contra Temer, desmatamento da Amazônia, a homofobia, o preconceito em geral), mas nem todos aproveitaram o palco para defender suas posições. “Não falei ‘Fora Temer’ porque tá todo mundo falando, optei por fazer só rock’n roll mesmo no meu show”, disse Supla, logo depois de se apresentar no Palco Sunset. Sophie Charlotte, que esteve por lá em três noites, criticou justamente uma certa omissão ao ser perguntada sobre os pontos altos e baixos do evento. “Um ‘desce’ para nós, que conseguimos nos unir por causa de música, mas não fazemos isso para defender outras questões”.
![Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank]()
As mulheres de roqueiro marcaram presença de novo nos bastidores. Se na véspera Isabeli Fontana paparicou o marido, Di Ferrero, do NX Zero, ontem foi dia de Ellen Jabour acompanhar o namorado, Jonathan Correa, do Ego Kill Talent, que abriu o Sunset. “Vim para ver o show dele”, fez questão de frisar, gesticulando com a mão direita enfaixada. “Queimei fazendo babyliss”, contou. Para ela, uma das melhores coisas do festival era o clima nos bastidores. “As pessoas estão trabalhando felizes, sem afetação, não tem aquele clima blasé”.
![Gabriel Medina]()
Para Otaviano Costa, presença no vipão em alguns dias, junto com Flávia Alessandra, o ponto alto este ano foi o show do Aerosmith. “O Steven Tyler é o roqueiro que simboliza o espírito disso aqui. Me fez lembrar o Rock in Rio das antigas”. Shawn Mendes ele achou fraco. “É muito garoto para estar no Palco Mundo”.
Tudo foi maior também este ano no restrito universo da área vip, que teve algumas mudanças: a mais evidente delas foi a criação de um espaço vipão dentro do mundo vip habitual. Sempre houve uma área fechada para os convidados de Roberto Medina — é lá onde ele recebe patrocinadores, políticos, empresários e alguns amigos; muito business, muita troca de cartões — mas a existência de outro cômodo, digamos assim, demarcado por paredes brancas e reservado aos vips mais vips que os demais foi a surpresa desta edição.
![Supla]()
Ali cabiam até 100 pessoas por dia e a imprensa não tinha vez. A ideia era que os vipões “ficassem mais à vontade”. Suzana Vieira tinha entrada garantida nesse espaço, mas logo início do festival, encasquetou que queria entrar na área de Medina, aquela onde João Doria dançou na varanda, anteontem — e acabou sendo barrada.
![Bruna Marquezine]()
“Senhora, só com autorização”, disse a funcionária, de tailleur, à atriz, que explicou: “Eu não quero ficar aí, só vou cumprimentar o Medina”. Não rolou. Ela não entrou e, em seguida, comentou com uma repórter o que tinha acontecido. A jornalista, talvez para dar uma consolada, falou à atriz: “É assim mesmo, também não me deixaram entrar”. E Suzana, com aquele jeito dela: “Ah, mas você é você. Eu sou a Suzana Vieira”.
Quem fez sua estreia no Rock in Rio na última noite do festival foi o surfista Gabriel Medina. “As pessoas me marcam nas publicações, achando que sou parente do Medina”, dizia ele, referindo-se ao criador do evento.
Gabriel estava lá para assistir ao show do Red Hot Chili Peppers e, ao ser perguntado sobre política, respondeu: “Não gosto de me meter nesse lance, mas desejamos um Brasil melhor”, disse, assim mesmo, no plural. Em seguida, encerrou comentando uma possível candidatura a presidente de Luciano Huck. “Eu voto nele. Até porque, é amigo, vai ser melhor para cobrar”.
(Cleo Guimarães, Fernanda Pontes e Adalberto Neto)