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Nova diretoria da Cidade das Artes assume espaço que vai unir o erudito e o popular

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André Marini

A noite de apresentação de André Marini e Bel Kutner como diretor-presidente e diretora artística, respectivamente, da Cidade das Artes, dias atrás, foi bem no espírito da proposta da dupla para o espaço, na Barra: democrática. Entre as atrações da noite havia um duo de música clássica da Orquestra Sinfônica Brasileira e o funk do Dream Team do Passinho.

Carla Camurati e Bel Kutner

“Vamos unir o erudito e o popular”, dizia Marini. “Não mandaremos orquestra nem artista plástico embora, aqui cabe todo mundo”. A equipe assume o espaço também com o desafio de aumentar o número de visitantes no maior equipamento cultural da cidade.

E pelo que Bel contava, mostrar que o cidadão é o dono daquele espaço parece ser a chave da questão. “A população não sabe que pode entrar aqui”, dizia. “As pessoas perguntam: ‘Mas já abriu?’, ‘Está funcionando?’, Ou ‘É muito chique para mim’. Gente, esse lugar é público! E agora tem BRT, metrô...”.

A nova direção da Cidade das Artes está mesmo animada com o desafio de encher (e democratizar) o espaço. Tanto que Marini e Bel prometem até pegar os visitantes em casa. “Teremos ônibus com lanchinho buscando as pessoas dos arredores: na Cidade de Deus, no Terreirão e em Rio das Pedras”, anunciou Marini. “Queremos que todos se sintam bem-vindos, com uma sensação de pertencimento sobre esse lugar”. Ele também agradeceu à gestão anterior — o momento parece ser de paz e amor entre os que chegam e os que saem. “São pioneiros, vieram para cá durante uma obra inacabada, abandonada”.

Dream Team do Passinho

A herança deixada por Emilio Kalil também foi lembrada por Bel Kutner, que quer aproveitar o know-how dos funcionários para formar outros. “Um legado é á equipe técnica. São 200 pessoas trabalhando para as coisas acontecerem”.

E tudo estava nos trinques quando Cássia Kis chamou a primeira atração. Ela pediu à violinista Priscila Ratto e à violoncelista Lisiane dos Santos que explicassem, antes de tocarem uma música de Beethoven, como funcionaria a interação entre a música e a plateia.

“São três movimentos, e não tem aplauso entre um e outro para que tenhamos uma concepção geral da obra”, detalhou Priscila. Cássia acrescentou: “Isso foi para mostrar como a gente não é treinado para a música clássica. Espero que a Cidade nos eduque e nos coloque em um lugar feliz”. Foi aplaudidíssima. 


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