Parte da equipe de “Polícia Federal — A lei é para todos”, sobre a Operação Lava-Jato, se reuniu no Solar de Botafogo, dias atrás, para comemorar o aniversário do diretor do filme, Marcelo Antunez. O assunto da noite foi... política. Para Leonardo Franco, que interpreta o procurador da República Carlos Fernando, a história é apartidária: “Não tem uma interpretação coxinha, peemedebista, petista, tucana, nada”, dizia. “Você vai ver no filme a realidade do Brasil, não vai sair do cinema dizendo que ali tem apoio ao Lula, ao FHC ou ao Aécio”, afirmou.
Rainer Cadete, que vive personagem inspirado no procurador do MPF Deltan Dallagnol (Cauã Reymond recusou por incompatibilidade de agenda), contava que havia passado uma tarde com ele, em Curitiba. “É uma pessoa comprometida e inteligente. Foi difícil assimilar tudo o que me disse. Essa história merece ter a parte 2, 3, 4, 5... Porque a cada hora se descobre mais corrupção, mais gente envolvida”. Flávia Alessandra também falou sobre a sua personagem.
“É inspirada em três mulheres, mas principalmente na delegada Erika (Marena)”, contava. “Quando a conheci, foi por terra tudo o que tinha idealizado. Pensava encontrar uma pessoa acelerada, quase masculina. Mas a Erika é um doce, ela fala devagar, pensando no que está sendo dito, é leve, sagaz, tem um lado instintivo forte”. A atriz é otimista com relação à operação: “As pessoas estão pagando pelo que fizeram, e isso é único. Nunca vimos um crime do colarinho branco com penalidade”, observava. “Tenho esperança em ver um Brasil melhor. A Lava-Jato está sendo acompanhada por 18 países, querem aprender com a gente”.